FONTE: Revista Algomais

Boletim da Sudene revela o protagonismo de cidades como Petrolina e Caruaru no avanço do mercado de trabalho fora das capitais

As oportunidades de emprego no Nordeste estão se expandindo para além das capitais. É o que mostra o mais recente Boletim Temático Emprego e Rendimento, divulgado pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), que destaca a interiorização do desenvolvimento regional. Cidades de médio porte vêm assumindo papel central na economia nordestina, atraindo investimentos e ampliando o número de postos formais de trabalho. Pernambuco é um dos estados que mais exemplificam essa tendência.

No estado, os municípios de Petrolina e Caruaru se sobressaem. Petrolina alcançou 84.043 empregos formais, com destaque para o agronegócio — principalmente a fruticultura — que coloca o setor agropecuário como o segundo maior empregador (30%), atrás apenas dos serviços (33%). Já Caruaru mantém seu protagonismo nos setores de comércio e confecções, somando 81.619 vínculos formais. Juntas, essas duas cidades representam um vetor importante de dinamismo econômico fora da Região Metropolitana do Recife.

A pesquisa revela que essa expansão se deve a uma combinação de fatores. “O Nordeste vem consolidando clusters de emprego não só nas capitais, mas também no interior. Isso está relacionado a fatores como economias de aglomeração, aumento da demanda, investimentos públicos estratégicos e um ambiente de negócios mais favorável, construído historicamente”, explica José Farias, coordenador-geral de Estudos e Pesquisas da Sudene. Cidades de outros estados também demonstram força, como Feira de Santana (BA), Juazeiro do Norte (CE) e Campina Grande (PB).

Além da força dos setores produtivos, a presença de universidades, institutos federais e a melhoria da infraestrutura têm sido determinantes para impulsionar esse movimento. “Esse conjunto de fatores amplia a oferta de mão de obra qualificada e fortalece o ambiente de negócios nas cidades do interior. Trata-se de uma evidência do processo de interiorização do desenvolvimento”, analisa Miguel Vieira Araújo, economista da Sudene. O boletim completo pode ser acessado em: Boletim Temático da Sudene.

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