Queda na indústria foi registrada após crescimento de 2,4% no mês anterior em Pernambuco

Diario de Pernambuco / FONTE: DP

Ao contrário do crescimento geral de 1,2%, com resultado positivo alcançado em dez dos 15 locais analisados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional no Brasil, em março deste ano na indústria, Pernambuco obteve queda de -5,0% no período. O recuo no estado foi resgistrado após o crescimento de 2,4% no mês anterior. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o IBGE, na comparação com março do ano passado, a queda de -22,6% foi acompanhada por 6 dos 18 locais pesquisados. Já no acumulado dos 12 meses, o recuo em Pernambuco foi de -0,5% no setor industrial, seguindo a mesma tendência do Nordeste no período (-4,1%). Outros resultados negativos também foram registrados no Espírito Santo (-4,3%), Rio Grande do Norte (-4%), e Rio de Janeiro (-1,5%).

Pernambuco tem a segunda maior influência negativa, e a maior queda, após avançar 2,4% no mês anterior.

O analista da pesquisa, Bernardo Almeida, explica que esse crescimento na indústria nacional vem como um movimento compensatório, após cinco meses sem crescimento significativo e trazem impactos para a economia.

“Vale lembrar que fatores macroeconômicos ainda impactam a cadeia produtiva, como a inflação acelerada, afetando diretamente a renda disponível das famílias, principalmente, no que tange o setor alimentício e a cesta básica. Temos também a taxa de juros em patamares elevados, a redução na concessão do crédito que arrefece o ritmo de produção. Isso explica um pouco a trajetória que vem desde outubro de 2024”, aponta.

Diante desse cenário, Pernambuco tem a segunda maior influência negativa, e a maior queda, após avançar 2,4% no mês anterior. “Com esta taxa de março, foi eliminado o avanço verificado no mês anterior. Os setores que mais contribuíram a este comportamento negativo da indústria pernambucana foram o de veículos automotores e o de produtos químicos”, contextualiza Bernardo Almeida.


Em comparação a março de 2024, Pernambuco (-22,6%), Rio Grande do Norte (-19,1%) e Maranhão (-10,5%) alcançaram os recuos mais elevados neste mês. Na indústria pernambucana, os resultados foram pressionados, em grande parte, pelas atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis e indústrias extrativas.

Nesse contexto, a Região Nordeste (-4,8%), seguido pelo Rio Grande do Sul (-2,5%), Ceará (-2,0%) e Goiás (-1,5%) também mostraram resultados negativos no índice mensal de março de 2025.

Já no acumulado nos últimos doze meses, em média, o Brasil avançou 3,1% em março de 2025, intensificando o crescimento em relação aos resultados de fevereiro e janeiro.

Em março de 2025, 14 dos 18 locais pesquisados registraram taxas positivas. Indo na contramão desse resultado, o Rio Grande do Norte (de -1,1% para -4,0%), Pernambuco (de 0,7% para -0,5%) e Maranhão (de 1,0% para 0,4%) mostraram as perdas de ritmo mais acentuadas entre os dois períodos.

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