Atividades e comércio liberados até as 22h, a partir da próxima segunda

A medida se aplica às macrorregiões 1, 2 e 4. Aos fins de semana as atividades serão encerradas às 21h
 (Foto: Ivison Gambarra/SEI)
A medida se aplica às macrorregiões 1, 2 e 4. Aos fins de semana as atividades serão encerradas às 21h (Foto: Ivison Gambarra/SEI)
FONTE DP

Após três semanas seguidas de queda na demanda por leitos de UTI, o governo de Pernambuco anunciou, nesta quinta-feira (17), a flexibilização de atividades sociais e comerciais para as macrorregiões de saúde 1, 2 e 4, que englobam a Região Metropolitana do Recife (RMR), Zona da Mata, Agreste e parte do Sertão. A partir da próxima segunda-feira (21) o funcionamento de boa parte dos setores poderá se estender até às 22h durante a semana e até às 21h nos fins de semana e feriados, até o dia 4 de julho.

á a macrorregião de saúde 3, que engloba as Gerências Regionais de Saúde com sedes em Arcoverde, Afogados da Ingazeira e Serra Talhada, seguirá um esquema diferenciado. Lá vigora, até este domingo (20), um esquema de quarentena mais rígido, com a liberação apenas de atividades essenciais. A partir de segunda, até o dia 27, as demais atividades poderão voltar a funcionar até às 18h, tanto nos dias de semana como aos sábados e domingos.
A secretária executiva de Desenvolvimento Econômico do Estado, Ana Paula Vilaça, detalhou o funcionamento de alguns serviços com esquema diferenciado. “As academias terão de fechar às 22h durante a semana, e às 18h nos finais de semana. Além disso, museus, teatros e cinemas poderão voltar a funcionar, com limite de 30% da capacidade. Já os eventos corporativos poderão ser realizados com até 50 pessoas”, informou. Caberá às prefeituras decidir como funcionará e será fiscalizado o comércio de praia.
De acordo com o secretário estadual de Turismo e Lazer, Rodrigo Novaes, a retomada do comércio de praia nos fins de semana será um fator importante para o período de férias de julho. “Vamos trabalhar junto às prefeituras dos municípios litorâneos para que o ordenamento e a aplicação dos protocolos sejam observados nessa nova fase”, apontou.
Contextualizando a decisão pela flexibilização, o secretário estadual de Saúde, André Longo, argumentou que, durante esta semana, tem caído o número de solicitações de leitos de terapia intensiva em todas as regiões. Durante a coletiva de imprensa também foi reforçado que o estado de Pernambuco possui a segunda menor taxa proporcional de morte por Covid-19 no país.  “O principal impacto destes indicadores é sentido na rede de saúde. Hoje a fila de espera por leito de UTI está zerada de maneira consolidada, além da taxa de ocupação das UTIs que, pela primeira vez em quase quatro meses, está abaixo de 90%”, disse.
RepercussãoSegundo nota divulgada pela Associação dos Bares e Restaurantes em Pernambuco (Abrasel-PE), as medidas já eram ansiosamente aguardadas. “Essa era uma reivindicação antiga nossa. São duas horas que fazem muita diferença para o nosso setor que vem sofrendo muito. Praticamente, desde janeiro que a gente vem com essas restrições sérias. São mais de cinco meses e foi a fase mais dura da pandemia, com a maior velocidade de fechamento de empresas. O dano foi muito grande, mas, felizmente, agora com a queda nas taxas de ocupação de leitos e com o avanço da vacinação, a gente entra numa fase de retomada irreversível, esperamos”, alegou o presidente Abrasel -PE, André Luiz Araújo. 
Já a Associação Pernambucana de Shopping Centers (Apesce), apesar de comemorar, lamentou que ainda persistam restrições aos malls. Segundo o presidente da Apesce, Paulo Carneiro, por os shoppings centers serem espaços com fluxo de pessoas controlado, estes deveriam contar com mais liberdade em relação à sua ocupação. “Os números de pessoas internadas vêm caindo, o que é extremamente positivo, mas somente com a aceleração da vacinação haverá as condições ideais, não apenas para a ampliação de horário, mas sobretudo o funcionamento pleno, com maior capacidade. Temos condições de receber os clientes e fazer a orientação adequada. Os lojistas e seus 50 mil funcionários precisam trabalhar e gerar receitas dentro de um cenário de recuperação de todo esse tempo de dificuldades”, informou através de nota.

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