Região cresceu 0,57%, acima da média nacional na geração de carteiras assinadas. Alagoas teve o menor saldo de empregos formais do país no mês de abril

Da Redação ME

redacao@movimentoeconomico.com.br / FONTE: ME

Três estados concentraram quase três quartos do saldo de empregos formais gerados no Nordeste em abril de 2025. Bahia (14.353), Ceará (9.221) e Pernambuco (7.501) somaram 73% das 42.642 novas vagas com carteira assinada na região, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado na quarta-feira (28) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Em contrapartida, Alagoas teve o menor saldo entre todos os estados do país no mês: apenas 414 empregos formais criados, com variação de 0,09% no estoque estadual.

Impulsionado pelo setor de serviços, o mercado formal nordestino cresceu acima da média nacional. O Nordeste registrou variação de 0,57% no estoque celetista, superando o avanço de 0,54% observado no país. O desempenho nacional foi o melhor para meses de abril desde o início da série histórica do Novo Caged, em 2020, com um total de 257.528 postos de trabalho gerados.

No Brasil, o saldo decorreu de 2,28 milhões de admissões e 2,02 milhões de desligamentos. O estoque nacional chegou a 48,1 milhões de vínculos celetistas ativos. No acumulado do ano, o país criou 922 mil empregos, enquanto o saldo dos últimos 12 meses ultrapassa 1,64 milhão de postos.

Serviços lideram a recuperação formal na região

O setor de serviços foi o principal motor da geração de empregos no Nordeste. Em abril, concentrou 29.330 das novas vagas na região — o equivalente a 68,8% do saldo total. Os maiores volumes vieram de Bahia (7.850), Pernambuco (7.661) e Ceará (4.095), refletindo a reativação de atividades urbanas como educação, saúde, transporte e administração pública indireta.

Nos demais estados, os serviços também sustentaram o crescimento, ainda que com menor intensidade. Mesmo na Paraíba (1.577 vagas no total), o setor foi responsável por 1.669 postos, compensando perdas em outras áreas.

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Construção e comércio mantêm avanço; agropecuária recua

A construção civil foi outro destaque, com saldo superior a 9 mil vagas na região. Os maiores resultados foram registrados no Ceará (2.472), Bahia (2.304), Pernambuco (1.640) e Paraíba (799), impulsionados por obras públicas, programas habitacionais e infraestrutura urbana.

O comércio gerou saldo expressivo em estados como Maranhão (1.046), Ceará (1.465) e Bahia (2.177), indicando retomada do consumo e interiorização do varejo em polos regionais.

Já a agropecuária teve impacto negativo na maioria dos estados nordestinos. Os piores saldos ocorreram na Paraíba (-818), Alagoas (-623) e Pernambuco (-543), refletindo efeitos climáticos e encerramento de ciclos produtivos. Apenas Sergipe registrou saldo positivo no setor, com 99 vagas.

Nordeste cresce no mês, mas segue abaixo da média no acumulado

Apesar do bom resultado de abril, o Nordeste ainda está abaixo do ritmo nacional no acumulado do ano. De janeiro a abril, a região criou 75.246 empregos formais, com variação de 0,83% — inferior aos 1,95% registrados no país no mesmo período. A Bahia lidera regionalmente com 46.450 vagas no ano, seguida por Ceará (12.829) e Pernambuco (9.853).

Alagoas, mesmo com saldo positivo em abril, acumula retração de 11.600 vagas formais em 2025, concentrada nos dois primeiros meses do ano. É o pior desempenho entre os estados do país no acumulado anual.

Perfil dos admitidos e salários

O valor médio real de admissão no país foi de R$ 2.251,81, com aumento de 0,71% em relação a março. Entre os novos contratados, o maior saldo foi na faixa de 18 a 24 anos (126.300 vagas). Pessoas com ensino médio completo somaram 191.084 admissões líquidas.

Na distribuição por sexo, os homens ocuparam 133.766 das vagas geradas; as mulheres, 123.762. Quanto à raça/cor, trabalhadores pardos responderam por 171.377 postos e brancos, por 78.400.

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