Fonte : Jornal Contábil

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia divulgou nesta terça-feira (18) o novo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) que estava previsto para 4,27% e segundo estimativa já chega em 5,05% para 2021.

O INPC é o índice utilizado pelo governo para prever a correção anual do piso salarial do ano seguinte. Caso o índice de inflação permaneça como na nova projeção da SPE de 5,05% o novo salário mínimo para 2022 saltará de R$ 1.100 para R$ 1.155,55.

Vale lembrar que no mês passado o governo havia divulgado a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do ano que vem prevendo uma alta de 4,27% nos índices de inflação, o que elevaria o salário mínimo para R$ 1.147.

Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

Reajuste não é um aumento real

Mesmo com a correção do salário mínimo em 4,27% ou em 5,05% como previsto, isso não significa um ganho real aos trabalhadores, apenas corrige o salário mínimo para que o trabalhador não tenha perdas conforme a evolução da inflação.

Conforme previsto na LDO enviada pelo governo federal ao Congresso Nacional, o salário mínimo precisará no ano de 2022 apenas ser corrigido conforme o índice de inflação com base na estimativa do INPC deste ano.

Caso permaneça essa regra, o trabalhador não terá uma ganho real no valor recebido, vale lembrar ainda que o salário mínimo nacional serve de referência para 50 milhões de pessoas no Brasil.

Reajuste do salário e as contas públicas

Caso o governo mude de estratégia para reajustar o salário mínimo com índices superiores à inflação, o governo também terá que desembolsar mais. Isso se deve, pois os benefícios pagos pelo INSS não podem ser pagos com valores menores que o salário mínimo.

Ou seja, qualquer reajuste realizado pelo governo impacta diretamente nas contas públicas, conforme estimativas do governo, para cada R$ 1 de aumento no salário-mínimo é gerado uma despesa de pelo menos R$ 355 milhões.

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