Congresso entra em recesso no próximo dia 18, e atividade legislativa será quase nula até as eleições municipais. Padilha disse estar confiante na aprovação, mas aponta trechos sem consenso
Por: Victor Correia – Correio Braziliense / FONTE: DP
O ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha, declarou nesta sexta-feira (05) que o governo trabalha para aprovar a regulamentação da reforma tributária até a próxima semana no Congresso Federal. Ele admitiu, porém, que ainda há pontos sem consenso entre os parlamentares.
“Estamos confiantes na aprovação da regulamentação da reforma tributária, que será um passo muito importante para a gente manter a economia do Brasil no trilho certo”, declarou Padilha a jornalistas, antes da inauguração de novo campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em Osasco, São Paulo, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“A aprovação da regulamentação da reforma tributária na próxima semana é a confirmação de que o país está no trilho certo da economia. As taxas de crescimento superaram as avaliações pessimistas do começo do ano feitas por alguns analistas do mercado, acrescentou.
Ele foi questionado, porém, sobre o primeiro relatório do Grupo de Trabalho (GT) da Câmara sobre a regulamentação, que excluiu armas do Imposto Seletivo (IS), ou o “imposto do pecado”, e deixou as carnes de fora da cesta básica.
Padilha argumentou que o texto aponta apenas os temas que são consenso entre os sete parlamentares que participam do GT, e que o projeto ainda será discutido amplamente entre os deputados. “Não teremos aquilo que é o ideal para qualquer setor, para qualquer pessoa. Cada um tem a sua reforma tributária ideal. Mas o ideal é superar a atual balbúrdia tributária que tem no país”, afirmou.
Tarcísio “tem que se explicar”
O ministro comentou ainda a ausência do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, nos últimos compromissos de Lula no estado. Padilha destacou que Tarcísio foi convidado para todas as agendas.
“No estado de São Paulo já são mais de R$ 180 bilhões de investimentos do governo federal, independente do partido do governador. Independente se o governador vem ou não nos atos do presidente, o presidente vai continuar convidando por respeito institucional”, enfatizou Padilha.
Ele também lembrou que Tarcísio já subiu no palanque ao lado do presidente Lula, no início do ano. Em fevereiro, ambos chegaram a trocar afagos. “O que mudou foi o governador, porque antes ele ia nos atos. Ele que tem que se explicar porque não está indo mais. Mas o presidente vai continuar convidando e vai continuar investindo no estado de São Paulo”, reforçou.
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