Cerca de 100 prefeitos pernambucanos devem aderir ao movimento, sob a organização da Confederação Nacional de Municípios (CNM)
Por: Guilherme Anjos / FONTE DP
Em 2023, Marcha dos Prefeitos bateu recorde com cerca de 11 mil participantes (Divulgação/CNM) |
O Distrito Federal espera receber mais de oito mil gestores, secretários e vereadores a partir desta segunda-feira (20), até a quinta-feira (23), período em que acontece a 25ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, popularmente conhecida como Marcha dos Prefeitos, o maior congresso municipalista do mundo. O presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) foi convidado e tem sua presença aguardada no ato.
No ano anterior, o evento contou com um número recorde de mais de onze mil participantes ao longo dos quatro dias de programação. Já neste ano, apesar de um número antecipado de inscritos inferior, a convenção ainda é destacada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), organizadora do ato, como uma das maiores de sua história.
De acordo com o presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), Marcelo Gouveia, o estado de Pernambuco estará representado por cerca de 100 prefeitos, sem contar os parlamentares que devem aparecer, um número que ele exalta considerando a aproximação das majoritárias de outubro.
“Pernambuco deve ter cerca de 100 prefeitos participando da marcha, mesmo este sendo ano eleitoral, com as atenções voltadas para eleições e sucessão. Todos sabemos a importância da atuação da CNM e do municipalismo no Brasil”, disse Gouveia, em entrevista ao Diário de Pernambuco.
Os mais de 8 mil metros quadrados disponibilizados para a convenção contam com diversos palcos e espaços para o debate de pautas relevantes ao movimento municipalista. Neste ano, um tema se destaca – a desoneração das folhas salariais, forte reivindicação das prefeituras e ainda incerta.
“Estamos com uma pauta muito importante em Brasília, sobre a desoneração das folhas dos municípios. Na quinta-feira (16), saiu um anúncio no Senado, do presidente Rodrigo Pacheco (PSD), de que haveria um acordo entre o poder legislativo e o Governo Federal, e que os municípios fariam parte da desoneração”, disse o presidente da Amupe.
O acordo a que Gouveia se refere foi acertado pelo presidente do Senado com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que mantém a desoneração em 2024 tanto para empresas quanto para as prefeituras, e desenha uma reoneração gradual a partir de 2025.
“Todos estão ansiosos, na expectativa para [a desoneração] acontecer, mas a conversa não é entre nós [prefeitos]. Esse é um dinheiro que fica no caixa do município, e pode ser investido na população”, continuou.
Mas a Marcha não se trata apenas da desoneração. Durante a programação, os políticos e demais inscritos poderão participar de capacitações e cursos sobre temas relevantes ao movimento municipalista, além de discutir outras pautas de interesse das prefeituras.
“Temos outros temas importantes, como o Refis, o parcelamento de precatórios, e o regime próprio da previdência. Junto ao presidente do Congresso, um parceiro do municipalismo, é o momento onde demonstramos nossa força. Vamos receber ministros, senadores, deputados, também acredito que o presidente Lula deve participar. Nos reunimos para reivindicar nossas pautas”, acrescentou Gouveia.